sábado, 27 de fevereiro de 2010

Havia um homem, que tudo dizia saber.

Desde o nome de todos os astros

Ao nome dos donos de todos os castros.

Apenas não sabia o que estava para acontecer.

Procurava deslindar o tempo futuro

Questionava todos os cultos homens

Todos os líderes de ordens

Procurando alguém que quebrasse aquele muro.

Um dia, encontrou-se com um erudito,

Humilde e que nada dizia saber,

Numa muralha dum castelo a ranger,

E perguntou-lhe num tom de voz maldito:

“Sabes se o teu fado

Em algum lado está registado,

Ou tê-lo-ás tu de registar?”

E, lentamente,

Com grande serenidade

Própria da idade,

Ele respondeu, sabiamente:

“Eu estou para sempre condenado

A viver, pela incerteza, atormentado

Apenas sabendo que minha vida vai cessar.

Sem comentários:

Enviar um comentário