Havia um homem, que tudo dizia saber.
Desde o nome de todos os astros
Ao nome dos donos de todos os castros.
Apenas não sabia o que estava para acontecer.
Procurava deslindar o tempo futuro
Questionava todos os cultos homens
Todos os líderes de ordens
Procurando alguém que quebrasse aquele muro.
Um dia, encontrou-se com um erudito,
Humilde e que nada dizia saber,
Numa muralha dum castelo a ranger,
E perguntou-lhe num tom de voz maldito:
“Sabes se o teu fado
Em algum lado está registado,
Ou tê-lo-ás tu de registar?”
E, lentamente,
Com grande serenidade
Própria da idade,
Ele respondeu, sabiamente:
“Eu estou para sempre condenado
A viver, pela incerteza, atormentado
Apenas sabendo que minha vida vai cessar.
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