Na perspectiva filosófica, valorar ultrapassa a interpretação materialista. Valorar é julgar em termos valorativos alguma coisa, o valor que atribuímos a umas coisas em detrimento de outras, é que decide o sentido das nossas escolhas. Assim podemos distinguir os valores positivos dos valores negativos
(bipolaridade dos valores). Dar valor a um certo objecto é dizer o que nos transmite. é aplicar-lhe adjectivos que são sentidos por nós ao olharmos para ele, a isso chamamos
juízo de valor. Nós temos tendência a a formular juízos de valor constantemente, seja acerca de pessoas, como de objectos, como diz no texto:
"É da essência do ser humano conhecer e querer, tanto como valorar (...)" . É a partir desses juízos de valor que se distingue os valores positivos de negativo, ou seja, umas coisas são mais valiosas para nós, e outras menos.
Os bens essências para maior parte das pessoas é bastante valioso, seguindo o filósofo Maslow que na sua pirâmide tinha bens essências como menos valioso mas que achava que o que tem valor para as pessoas é o que satisfaz as suas necessidades. Mas cada pessoa tem a sua perspectiva, por isso é que valorar é subjectivo, cada pessoa tem a sua
pirâmide dos valores que vai funcionar como
linhas orientadoras de vida, e nessa pirâmide dos valores apresentam-se com valênccias diferentes, por isso é que colocamos numa pirâmide, no antigo Egipto a sociedade estava dividida de acordo com uma pirâmide, o mais importante, o Faraó encontrava-se no topo e o resto era distribuído ao longo da pirâmide conforme o seu grau de importância, na pirâmide dos valores é a mesma coisa, o valor mais importante, o nosso
valor primordial, colocamos no topo e vamos construindo até à base, onde se vai encontrar o valor menos valioso. E é aqui que os valores sofrem
hierarquia, porque cada pessoa tem personalidade ou identidade própria para o fazer.
Mas o que hoje nós dizemos que é o nosso valor primordial, amanhã pode não ser, pois a nossa vida está em constante mudança, o grupo em que estamos inseridos muda com o meio, o meio muda porque neste mundo
não há povos iguais, há semelhantes, mas cada um com a sua cultura.
Posso afirmar que cada pessoa tem liberdade de poder valorar o que quiser, porque a opinião das pessoas ninguém a pode censurar, como no tempo de Salazar.