segunda-feira, 8 de março de 2010

"A perfeição está em tudo que se ama.
A nossa perfeição nunca se vê no nosso espelho; vive nos olhos dos outros e no amor com que nos vêem." Margarida Rebelo Pinto

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A mágoa da tua ausência magoa

Meu coração já magoado por este amor

Deixa uma dolorosa ferida na minha alma

Esta alma que apenas sente dor.

A felicidade não existe para mim,

Pelo menos neste momento,

Só conhecerei seu significado

Quando acabar este tormento.

Mas este tormento só irá acabar

Se isto não passar de uma paixão

E eu te conseguir esquecer.

Ou então se a morte se apiedar

E arrancar-me da frustração

Desta vida sem prazer.

Havia uma grande fortaleza

Que ninguém conseguia derrubar

Por mais esforços que se fizesse

Ninguém a conseguia fazer tombar.

Homens tentavam através da força física

Fazer aquela barreira cair,

Mas vendo que se mantinha inabalável

Acabavam por cedo desistir.

Até que chegou um homem jovem

Que facilmente a conseguiu derrubar

Usando apenas a força da palavra,

Um sorriso e, também, um olhar.

Mas o que realmente a fez tombar

Não foi o sorriso, nem a palavra, nem o olhar,

Mas sim o amor que deles emanava

E que permitiu ao coração dela se libertar.

Muitas coisas em que pensamos

São uma autêntica utopia

Uma grande quimera

Que a nossa mente contagia.

Um mundo de paz

Sem racismo nem xenofobia

Um mundo de igualdade

Onde toda a gente feliz seria.

Um mundo de tolerância

Onde povos possam comunicar

Um mundo onde com amor

As pessoas se possam brindar.

Um mundo sem corrupção

Politicamente correcto

Um mundo de perfeição

Onde todos fariam o que é certo.

Um mundo onde eu e tu

Possamos estar lado a lado

Um mundo em que te possa amar

E também ser amado.

Será isto exequível?

Ou será apenas uma fantasia

Criada pela minha mente?

Serei eu algum crente?

Poderá a nossa harmonia

Tornar isto possível?

As mulheres são os seres

Mais vingativos da Terra

Por tudo e por nada

Iniciam uma guerra.

Homens de aliança são

Os seus alvos preferidos

Tentam conquistá-los por entre

Jarros de tinto bem servidos.

Adoram enfeitar as testas

Das suas maiores rivais

Depois negam tudo

Com mentiras teatrais.

Com isto apenas conseguem

Perder credibilidade

E ganhar, também,

Uma vida de falsidade

Mentir é um dom natural

Que elas dominam na perfeição

Enganam toda a gente

Com palavras de lamentação.

Havia um homem, que tudo dizia saber.

Desde o nome de todos os astros

Ao nome dos donos de todos os castros.

Apenas não sabia o que estava para acontecer.

Procurava deslindar o tempo futuro

Questionava todos os cultos homens

Todos os líderes de ordens

Procurando alguém que quebrasse aquele muro.

Um dia, encontrou-se com um erudito,

Humilde e que nada dizia saber,

Numa muralha dum castelo a ranger,

E perguntou-lhe num tom de voz maldito:

“Sabes se o teu fado

Em algum lado está registado,

Ou tê-lo-ás tu de registar?”

E, lentamente,

Com grande serenidade

Própria da idade,

Ele respondeu, sabiamente:

“Eu estou para sempre condenado

A viver, pela incerteza, atormentado

Apenas sabendo que minha vida vai cessar.

Eu defino amor como sendo um sentimento

Onde é necessário haver grande maturidade

E por sua causa manifestamos

Toda a nossa ridicularidade.

É necessária maturidade

Para compreender algo tão belo

De elevado grau de complexidade

E também singelo.

Ridicularidade pois fazemos tudo

Até percorremos o mundo

Por uma só pessoa

Que tantas vezes nos magoa.´

Amor também nos consome por dentro

Deixando-nos no limiar da loucura

Mas quando é correspondido

Sentimos a felicidade mais pura.